segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REVENDO EIXO 8

O EIXO VIII, semestre onde realizei o estágio curricular, me ofereceu a oportunidade de conhecer e de vivenciar a rotina de uma sala de aula. Foram muitas aprendizagens , desafios, experiências novas.
Foi no estágio que me deparei com uma situação que, a princípio, me causou reflexão: o lúdico como ferramenta pedagógica me sala de aula, realmente auxilia na aprendizagem o aluno? E se auxilia, porque ele não muito utilizado na escola? Os professores têm algum tipo de dificuldades para usá-los? Foram com estas indagações que iniciei meu TCC.
Ao longo das leituras pude perceber que o lúdico é um ingrediente indispensável no cotidiano escolar, pois ele favorece o relacionamento entre as pessoas, a afetividade, o prazer, o autoconhecimento, a cooperação, a autonomia, a imaginação, a criatividade. Permite que a criança construa, por meio da alegria e do prazer, seus conhecimentos, abrindo caminhos para que elas possam reconhecer-se como sujeitos e autores sociais plenos, fazedores da própria história e da história do mundo que as cercam.
Nesse sentido, espera-se que este trabalho sirva aos educadores e a todas as demais pessoas que dele se utilizarem, para que busquem uma educação mais emancipadora e humanizadora, tornando a aprendizagem um processo prazeroso, visando à compreensão e a construção do educando como um agente transformador de seu meio. A partir deste estudo, acredita-se que a verdadeira educação libertadora é aquela que permite às pessoas deixarem de serem “objetos” para se tornarem “sujeitos” de sua própria história e da história da sociedade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

REVENDO EIXO 7

Revendo as atividades realizadas no eixo 7, me deparei com uma atividade da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação que foi realizada através da leitura do texto, “ O menininho”, de Helen Buckley.
Esta leitura realmente desperta muita reflexão sobre o papel do professor em sala de aula. Ao fazer relações com a prática do meu estágio, pode dizer que na minha classe havia alguns alunos, como esse menininho do texto.
E esse foi um dos maiores desafios do meu estágio, fazer com esses alunos se desprendam do professor, tornando-o mais autônomo. Percebo a grande necessidade de incentivar, fazer os alunos entenderem que eles são capazes de criar sozinho. Pois acredito que o papel do professor não é oferecer aos seus alunos atividades prontas, mas sim auxiliá-los para que consiga descobrir a forma para realizá-las. O professor deve desafiar, instigar, provocar, criar possibilidades de descobertas, e enfim criar espaços que valorizem produções individuais e coletivas, e isso seria um grande desafio nesse caso.
O professor deve oferecer espaço para o aluno pensar, agir e criar. Dá respostas prontas, subestima o aluno, anula sua experimentação intelectual. Os alunos por sua vez acostumam-se a receber as informações prontas, tornam-se um ser passivo diante dos acontecimentos e submisso a qualquer um que se imponha e mostre poder sobre ele. Para a efetivação da autonomia, o professor deve problematizar o aluno, criar situações de aprendizagem, estimular a ação do sujeito para a construção de conhecimentos, propiciar-lhe o pensar em seus atos levando-o a descobrir as coisas por si mesmo. Trabalhar atividades através de jogos e brincadeiras, onde elas possam fazer suas escolhas livremente de forma espontânea e prazerosa, sem medo de errar, podendo participar, expressar, criar, cooperar sem receio de críticas severas do seu trabalho.
Acredito que a escolha do tema do meu TCC, nasceu exatamente quando percebi que tinha que usar metodologias que pudessem ajudar na aprendizagem, fazendo com que os alunos se interessassem em participar das mesmas e que os tornassem mais independentes, com iniciativa.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

REFLETINDO EIXO SETE

Refletindo um pouco sobre os textos estudados na Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, posso perceber que uma das principais dificuldades que jovens e adultos enfrentam em sala de aula, é a descontextualização dos conteúdos com sua realidade e por vezes o currículo, que não atende as necessidades de um aluno adulto que necessita de um ”tempo” diferenciado, já que este geralmente é trabalhador. Pois muitas vezes ele precisa abandonar o estudo e ir atrás de sua sobrevivência.
Para Marta Kohl de Oliveira, um dos principais aspectos que podem levar a evasão “é o fato de que a escola funciona com base em regras específicas e com uma linguagem particular que deve ser conhecida por aqueles que nela estão envolvidos”. Sendo assim, aqueles que não conseguem se adaptar a estas regras acaba por desistir.
Desta forma, podemos refletir nesta mesma situação nas séries iniciais, pois os alunos têm mais interesse por atividades que sejam contextualizadas com a sua realidade, com atividades que despertem a atenção e interesse em participar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

REVISANDO EIXO SEIS

Revisando as Interdisciplinas do eixo seis, pude refletir novamente com a Interdisciplina de Filosofia da educação com o texto: Educação após Auschwitz do autor Theodor W. Adorno.
Neste texto pudemos refletir sobre três conceitos, a educação, civilização, barbárie e suas relações e pude observar que esses três conceitos estão interligados, pois a educação, segundo Adorno, tem o papel primordial de impedir a barbárie, ou seja, através da educação, é que se alcançará a civilização. Pois para ele, evitar Auschwitz, implica em resistir às brutalidades e violências justificadas por costumes e ritos. A educação pautada pela severidade, pela disciplina é condição propicia para a barbárie.
Podemos perceber a grande responsabilidade de nós professores em todo esse processo, já que de acordo Adorno, a educação só teria pleno sentido como educação para auto-reflexão crítica. Visto isso, a educação tem um grande papel a desempenhar na sociedade, capaz de transformar nossos alunos em cidadãos críticos, que venham a desenvolver capacidade mental de discernir atitudes que venham a ser de forma crítica e consciente frente à atual sociedade.
Olhemos ao nosso redor. A realidade que nos cerca expressa a barbárie e isto nos apontam para o risco da regressão. O mundo globalizado impele as pessoas em direção à intolerância diante do outro, à idéia de que há uma inevitabilidade histórica, ao consumismo e ao individualismo desenfreado. Este fenômeno está presente em nosso cotidiano nas questões que nos parecem mais banais os assassinatos motivados por roubos de pequenas quantias ou mesmo por uma discussão com o motorista de ônibus; o domínio do tráfico e quadrilhas semelhantes (onde o fator humano só conta como consumidor de drogas e meio de enriquecimento). Numa realidade onde a vida humana vale menos do que um objeto material qualquer, a tendência é a crescente banalização do mal.
É nesse sentido que Adorno ressalta que a principal meta da educação deve ser a de evitar que Auschwit se repita, pois esta foi à barbárie contra a qual se dirige toda a educação. Para isso, é necessário que reconheçamos os mecanismos que tornam as pessoas capazes de cometer tais atos e que essas pessoas tomem conhecimento de tais estruturas, para impedir que se tornem novamente capazes de repetir essas ações, na medida em que se desperta uma consciência geral acerca desses mecanismos.
Desta maneira, podemos perceber quanta responsabilidade nós professores temos, e acredito que nós podemos contribuir para que haja uma educação mais reflexiva, para que possamos ter adultos mais críticos.